Em mercados ultracompetitivos e em processos de branding ou rebranding, muitas ações podem ter a necessidade de serem revisadas. Isso é natural. Vale lembrar que estratégias de marketing e comunicação não são e não podem ser “cravadas na pedra”. Sabe por quê? Pq tudo é dinâmico.
Vou dar um exemplo. Você fez toda a lição de casa que venho abordando. Pensou no branding, nos valores e na essência de sua marca, no design, na persona, no tom de voz. Fez análise de concorrência, desenvolveu pesquisa, avaliou público-alvo, desenvolveu uma campanha e lançou para o mercado. Qual o passo seguinte?
Eu uso um método: planeje, execute, meça e escale – PEME. Planeje toda ação antes de executá-la, pense nas consequências e frutos. Durante a execução, meça os resultados e mensure quais os benefícios e as lições aprendidas de cada ação. Não espere o fim da campanha. Assim é possível mudar de rota a tempo, se for necessário.
Na maioria das vezes não é necessário apagar tudo que foi feito e começar do zero, basta um ajuste aqui e outro ali para as coisas fluírem melhor. Mas para tomar essa decisão de forma estratégica, é necessário usar como base dados e análises de desempenho. E por fim, escalar, afinal, crescer em cima daquilo que executou e deu certo é o caminho.
Para mensurar os resultados, primeiramente tenha clareza sobre quais são os objetivos definidos em sua estratégia. Estabeleça metas: aumentar leads; diminuir turnover; ampliar awereness; aumentar o número de matérias na imprensa. Há infinitas delas. Foque nas mais estratégicas para sua necessidade.
Para analisá-las quantitativa e qualitativamente, cada empresa estabelece seu método. Algumas apostam em porcentagem de crescimento durante determinado período; ou nos famosos KPIs (em português: “indicador de performance”) e ROI (“retorno sobre o investimento”); no engajamento a partir de uma fórmula entre os dados disponibilizados pelas redes sociais; e tem ainda aquelas que preferem criar seu próprio índice de reputação da marca.
Na hora de avaliar o sucesso de uma iniciativa, vale até mesmo lançar mão de pesquisas com o público-alvo. Foi o que fez o Ifood com seus colaboradores durante a pandemia, por exemplo. A empresa passou de 5 para 3 canais de comunicação interna com informações muito mais diretas e assertivas.
A ideia é não ficar preso a um planejamento fixo. Se você identificar que é preciso mudar o trajeto no meio do caminho por conta de uma atualização ou aprendizado, seja flexível e vá ao encontro das oportunidades. Ser maleável não significa falta de foco. Isto mostra que você está atento às necessidades do seu mercado e dos seus consumidores. Lembre-se: vivemos em um mundo que tudo muda em minutos… segundos.
Vale reforçar a máxima: se não puder ser mensurado, não deve ser feito!