Qual sua dor c-level? Etarismo
Você se preocupa com o futuro profissional por motivos de etarismo?
De acordo com um novo relatório da Human8 com a Provokers, feito em 17 países (incluindo o Brasil), 8 em cada 10 pessoas se preocupam com o seu futuro laboral. Não é preciso ir longe para observar que o etarismo — preconceito, intolerância, discriminação contra pessoas com idade avançada — está entre a lista de preocupações.
Mas por que estamos falando disso? Resgatando o último censo, realizado em 2022, há um aumento do envelhecimento da população brasileira em relação aos censos anteriores:
- A idade média da população saiu de 29 anos em 2010 para 35 anos em 2022;
- Metade dela tem 35 anos, enquanto a outra metade está acima dessa faixa;
- É o maior salto de envelhecimento se comparado a dois censos desde 1940;
Mergulhando nessa relação etarismo x futuro profissional, uma pesquisa da Ernst & Young e da agência Maturi, feita em 2022 com mais de 200 empresas brasileiras, aponta que 78% delas se consideram etaristas e tem barreiras para contratação de pessoas na casa dos 50 anos. Essa faixa etária representa de 6% a 10% do quadro de funcionários das empresas pesquisadas.
O pensamento das empresas é de que uma pessoa mais madura é desatualizada ou que é preciso pagar um salário maior (considerando a experiência).
A consequência disso tudo, além da “juniorização” do mercado (em todas as escalas de uma hierarquia), é cerca de 1,4 milhão de pessoas acima dos 50 anos desempregadas no país.