Se você tem acompanhado aqui semanalmente e aplicado em sua marca tudo o que venho falando, você já pensou em todo o processo de branding da sua empresa ou produto. Essência da marca, naming, visão, valores, missão, história, humanização, diferenciais, comunicação de venda. Tudo isso faz parte da estratégia para desenvolver sua marca, torná-la relevante, estabelecer reputação, comunicar e criar laços; promover sua empresa e o porquê dela ser essencial para a vida de seus clientes.
Deixo então um questionamento: como ter certeza de que sua marca está sendo percebida da forma como você planejou? Ou, em um cenário cada vez mais competitivo, como ter certeza de que sua mensagem e seus diferenciais estão chegando até seu público?
É aí que entra a pesquisa de branding, que vai avaliar as percepções do público, tanto relacionadas ao produto quanto aos valores e essência de uma marca. Ela vai captar informações suficientes para saber se o impacto de uma campanha gerou o retorno esperado, ou até mesmo se uma empresa é vista como ela acredita ser.
Uma pesquisa bem elaboradora e com foco no público certo pode trazer insights importantes que podem direcionar para o desenvolvimento de um novo produto, alterar a estratégia de marketing e comunicação ou, até mesmo, basear todo o rebranding de uma marca. Além de identificar como uma marca é percebida pelo consumidor, o resultado costuma trazer dados valiosos sobre pontos fortes e fracos, aceitação ou rejeição de um produto ou material publicitário, assim como revelar oportunidades de negócio a serem exploradas junto ao seu público.
Ao contrário do que muitos pensam, para que uma pesquisa realmente traga informações relevantes não basta apenas elaborar perguntas. Até mesmo elas precisam de uma estratégia por trás. Ou seja, primeiro passo a ser definido: quem é o público-alvo e qual o objetivo de sua pesquisa? Qual resposta você busca para investir nessa ferramenta? Depois é preciso decidir se o melhor será usar um método quantitativo, qualitativo ou híbrido e, a partir daí, a técnica a ser utilizada. Redigir as questões e fazer testes antes das pesquisas em si. Para finalizar, e pense nisso como uma etapa bastante longa, é necessário tabular os resultados e analisá-los.
Aqui trago uma provocação importante: o quanto você está aberto para realmente modificar sua marca, seu produto ou a forma de comunicá-lo a partir da pesquisa? Porque fazer um levantamento deste tamanho apenas proforma não somente é um gasto alto e desnecessário quanto pode custar sua imagem e o relacionamento com seus consumidores. Quando você abre as portas para ouvir seu cliente e faz com que ele acredite em um diálogo transparente, esse cliente vai querer ver mudanças (para melhor, claro).
Marcas como Skol e Havaianas mudaram ao longo dos anos as suas campanhas e mensagens porque o público também foi mudando e buscando marcas mais conscientes ou produtos que conversassem com suas crenças e valores. A Natura foi outra empresa que passou por rebranding, não em razão de críticas, mas porque explorava pouco a inovação e a sustentabilidade, característica tão fortes em sua marca e em seus produtos.
Vale destacar que nem toda pesquisa é para mudança, muitas vezes é para entender qual sua posição dentro de um mercado e perante sua concorrência; outras vezes para lançar um produto. Quantas gigantes do setor de consumo não levaram novidades para uma ou duas cidades como um piloto, para entender a aderência do lançamento?!! Quantas outras não fizeram focus group para avaliar a repercussão de uma campanha nova?!
Informação só é poder quando você a utiliza de forma estratégica. Uma pesquisa bem estruturada te traz dados quantitativos ou qualitativos e o mais importante, análise desses dados. Portanto, com uma ferramenta estratégica como essa, o poder de decisão está em suas mãos. Como você vai usá-lo?