O papo de hoje é…O poder bélico da Pepsi
Em 1959, durante a Guerra Fria, o então vice-presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, visitou Moscou para a Exposição Nacional Americana. Lá, ele teve um debate com Nikita Jrushchov, líder soviético, sobre qual sistema de governo era melhor. Durante essa discussão, um executivo da Pepsi chamado Donald Kendall ofereceu um de seus refrigerantes a Jrushchov, que o bebeu sem hesitar. Essa imagem se tornou uma propaganda valiosa para a empresa americana.
Anos depois, Kendall, agora presidente executivo da PepsiCo, negociou com a União Soviética para introduzir o refrigerante nos lares russos. O problema era como receber o pagamento, já que o rublo não era aceito nos mercados internacionais. A solução? Trocar Pepsi por vodka. Em 1972, eles assinaram um acordo que permitia à PepsiCo comercializar grandes quantidades de Stolíchnaya, uma marca de vodka moscovita.
Mas a história fica ainda mais surpreendente. Em 1989, à beira do colapso, o regime comunista soviético entregou à PepsiCo uma frota inteira de 17 submarinos, um cruzador, uma fragata e um destróier em troca de mais refrigerantes. Assim, a Pepsi se tornou, de forma inusitada, uma potência naval com a sexta maior frota do mundo.
A frota de submarinos e navios foi vendida para empresas de sucata. Após a dissolução da União Soviética, esses navios foram desativados e posteriormente vendidos como sucata para recuperar algum valor. Curiosamente, a PepsiCo não manteve os navios por muito tempo e não se tornou uma potência naval permanente.
Incrível essa história não?