A pergunta é: qual futuro queremos para nós? A quem estamos dando poder para decidir sobre nossos futuros?
Vivemos um paradoxo estarrecedor. De um lado, a promessa de uma era dourada, tecida com os fios da inteligência artificial e da biotecnologia. Imaginemos um mundo onde doenças crônicas sejam relíquias do passado, onde a fome seja erradicada e a expectativa de vida ultrapasse um século com vitalidade. A tecnologia, em sua marcha inexorável, nos oferece as ferramentas para construir uma utopia. Carros autônomos que eliminam acidentes, cidades inteligentes que otimizam recursos e algoritmos que personalizam a educação, abrindo portas para o desenvolvimento pleno de cada indivíduo.
Por outro lado, a sombra da autodestruição paira sobre nós. A possibilidade de um conflito nuclear, hoje real, antes confinada aos filmes de ficção científica, tornou-se uma ameaça palpável, um fantasma que assombra nossos sonhos. As tensões geopolíticas, o nacionalismo exacerbado e a corrida armamentista nos conduzem perigosamente à beira do abismo. E como se não bastasse, a crise climática, outrora relegada à categoria de “teoria da conspiração”, agora escancara suas consequências devastadoras no noticiário diário. Incêndios florestais de proporções bíblicas, secas prolongadas, inundações catastróficas e o degelo acelerado das calotas polares são apenas alguns dos sintomas de um planeta em sofrimento.
Se a opção for pelo progresso, acredito que a raça humana dará um enorme salto evolutivo, iremos para outro nível em termos de sociedade humana. Imagine um mundo onde a colaboração internacional seja a norma, onde a ciência e a tecnologia sejam direcionadas para o bem comum, e onde a empatia e a compaixão guiem nossas ações. Um mundo onde a desigualdade social seja mitigada por políticas públicas justas e acessíveis, onde a educação de qualidade seja um direito universal e onde a diversidade cultural seja celebrada como uma fonte de riqueza e inovação. Um mundo, enfim, onde possamos explorar o vasto potencial da inteligência artificial para resolver os problemas mais complexos da humanidade, desde a cura de doenças até a construção de um futuro sustentável.
O outro caminho, bem, você já sabe: dor e ranger de dentes. Um cenário distópico onde a guerra e a destruição reinam supremas, onde a escassez de recursos leva à barbárie e onde a própria sobrevivência da nossa espécie é posta em xeque. Um futuro sombrio onde a tecnologia, em vez de nos libertar, nos aprisiona em um ciclo de vigilância e controle.
Espero sinceramente que o ser humano use a inteligência que possui para enxergar essa bifurcação evolutiva e, através da eleição de governantes HUMANOS e CONSCIENTES, possa perpetuar um futuro de paz para as próximas gerações. Mas a escolha não se limita apenas ao voto. É preciso ir além. Precisamos cultivar uma consciência planetária, uma ética global que transcenda as fronteiras nacionais e ideológicas. Precisamos questionar os modelos econômicos baseados no consumo desenfreado e na exploração desenfreada dos recursos naturais. Precisamos investir em educação, ciência e tecnologia, mas com um propósito claro: construir um futuro mais justo, sustentável e pacífico para as futuras gerações.