Segurança da informação sempre foi um tema de extrema importância e muitas vezes ignorado pelas empresas. Com o advento da internet e o aumento constante das compras online, o assunto cresce de relevância e traz à tona discussões que todo empresário deveria ficar atento. Mas, afinal, o que é segurança da informação?
O termo é usado para se referir à defesa de um conjunto de informações sigilosas e/ou estratégicas para uma empresa, organização ou um indivíduo. Quem nunca ouviu falar sobre uma brecha na segurança de um aplicativo que expôs dados de milhares de usuários; problemas de privacidade em plataformas de videoconferência; ou até mesmo ataques cibernéticos a governos? Se esse assunto “tira o sono” das grandes corporações, quiçá das pequenas e médias empresas.
Na última semana, entre os casos mais recentes, reportagens em portais de imprensa informavam que o site oficial da Lojas Renner se encontrava fora do ar, em razão de uma espécie de sequestro digital conhecido por ransomware. Não foi o caso, mas geralmente o usuário final ou o cliente acabam sendo expostos ou os mais afetados em situações como essa.
É por isso que em 2018 foi criada na Europa a General Data Protection Regulation (GDPR) que serviu de inspiração para a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, que entrou em vigor no segundo semestre de 2020 por meio da Lei n° 13.709/18.
A chegada da LGPD regulamenta a política de proteção de dados pessoais e a privacidade do indivíduo, alterando profundamente a forma como empresas e órgãos públicos lidam com a segurança da informação de clientes. Para quem ainda não sabe, desde agosto de 2021, as empresas que não se adequarem podem sofrer punições, desde advertências e bloqueios do banco de dados até multas que podem chegar a um valor de R$ 50 milhões.
E o que isso tem a ver com sua marca? Diria que tudo. E agora nem estou falando da obrigatoriedade do LGPD como citei acima. Estou falando da confiança do seu cliente em relação à sua marca, sobre a reputação da sua empresa e sobre a crise de imagem que a falta de uma estratégia com base em segurança da informação pode trazer.
Não é à toa que grandes corporações passaram a fazer propagandas aproveitando o tema. Você já deve ter visto a campanha do Itaú Unibanco alertando as pessoas a ficarem atentas às informações que compartilham. Em uma das peças, um desconhecido pede um autógrafo para Rodrigo Mendes de Souza. Quem é Rodrigo? Sou eu, é você, somos todos nós. Em outro filme, um homem é abordado por uma mulher que sabe em até quantas vezes ele parcelou o carro.
Já pensou em quantas informações você compartilha por dia na internet? CPF, RG, número do cartão. Naquele aplicativo da pizza de sábado, na loja de roupas com descontos na quarta. Esse app pode ser da sua empresa, o comércio com itens em promoção pode trazer a sua marca. Como você comunica e garante para seu cliente que sua loja é segura? E que os dados e privacidade deles estão protegidos ao entrar em seu ambiente digital e compartilhar informações com você?
Vale pensar como as grandes empresas. Primeiramente, claro, ampliar a segurança da informação do seu negócio. E depois, comunicar. Como? Depende do seu perfil e de como você quer se posicionar. É possível adotar uma estratégia mais educativa com intuito de sensibilizar não apenas seu público, mas toda a população, como fez o Itaú. Ou seguir um modelo mais discreto, compartilhando enunciados com base na legislação e mostrando que sua empresa está seguindo os protocolos de segurança.
E quando acontece algo inesperado como o exemplo da Renner? Quando se trata de gestão de crise, é necessário avaliar caso a caso. Não tem uma receita de bolo. Mas vale sempre a máxima da transparência, em confirmar a situação como fez a rede varejista, avaliar os danos, ressaltar os padrões de segurança digital usados e o apoio às autoridades responsáveis. Na dúvida, contrate uma agência de comunicação com experiência para orientá-lo na melhor estratégia diante do cenário e do seu perfil.
