Sabe quando uma marca dá aquela repaginada e aparece com um logo completamente diferente, trazendo novos conceitos? Alguns mais modernos e minimalistas, outros mais focados em características e propósitos da marca. Isso é apenas uma parte do rebranding. O conceito vai muito além.
Resumidamente, rebranding é todo processo de reposicionamento de uma marca no mercado, incluindo a percepção do público sobre ela. A estratégia faz sentido quando a empresa quer rejuvenescer sua marca, deixá-la mais atual perante as mudanças rápidas e constantes da sociedade e dos hábitos de consumo. Há também aquelas que buscam o rebranding quando passou por um momento de crise e teve sua imagem prejudicada ou decidiu abraçar novos setores de atuação, ampliando seu portfólio. O mesmo pode acontecer em situações de compra ou fusões com outras empresas.
Como é possível perceber, o rebranding pode funcionar para diversas situações e o conceito vai muito além de uma alteração do logo, é uma mudança de posicionamento da marca. Muda-se tudo o que estiver entrelaçado ao tema e que for necessário: a identidade visual, o slogan, a mascote, a forma de se comunicar, as mensagens-chaves, os objetivos, muitas vezes até mesmo a missão e os valores, incluindo toda a nova visão de mundo da companhia.
Com o contato mais direto com o consumidor que o advento das redes sociais trouxe, um consumo cada vez mais consciente e focado em temas de sustentabilidade, e aumento de concorrência, é cada vez mais notável a necessidade das empresas mudarem. E digo mais, as que não tiverem uma percepção de longo prazo, terão que fazer mais e mais mudanças ao longo do tempo.
Exemplos não faltam. Um caso clássico de rebranding é o da Skol, que deixou de lado as propagandas que objetificavam a mulher, passando para uma comunicação com foco em atrair também o público feminino como consumidor. É claro que foi preciso uma sensibilidade interna para perceber os movimentos externos. Naquele momento, anúncios tradicionais de cerveja já não eram mais bem vistos. A empresa entendeu que precisava evoluir. A marca convidou ilustradoras para revisitar suas campanhas e trazer o olhar feminino para o tema. Com a frase “Já faz alguns anos que algumas imagens do passado não nos representam mais”, a Skol admitiu o conceito ultrapassado, trouxe verdade e transparência, e alterou toda a comunicação, simplificou o logo, lançou novas embalagens e produtos, focando numa comunicação arquetípica baseada no bobo da corte.
Outras marcas famosas já passaram por um processo parecido, por diferentes motivos: a Havaianas queria ampliar o seu mercado de atuação e alcançar um público maior e de mais alto poder aquisitivo; a Natura já tinha uma reputação bastante positiva, mas precisava reforçar suas características essenciais de modernidade, sustentabilidade e inovação que não eram tão percebidas por suas consumidoras e pelo mercado; o Facebook, ao comprar o WhatsApp e o Instagram, que reforçou a mensagem de integração das empresas sob o chapéu da primeira.
Aqui na Le Pera, já fizemos centenas de rebrandings para nossos clientes. Um que gosto de citar é o caso da Natville. A empresa queria humanizar sua marca e reforçar atributos e propósitos que não eram tão claros para o público: qualidade em seus produtos; foco na família; energia marcada pela simpatia. Foi assim que criamos a Naty, a mascote da marca que traduz cada um dos sentimentos descritos acima.
O rebranding traz também uma ótima oportunidade para as empresas que ainda não mergulharam nas estratégias digitais. Vale aproveitar o momento para mudar todo ou parte de seu planejamento de comunicação, não apenas com mudanças de mensagens, mas ampliando os canais de divulgação de suas informações, indo para as mídias sociais, criando blog, produzindo conteúdo multimídia, associando-se com outras marcas, formadores de opinião e influencers. Por que não? Afinal em rebranding o céu é o limite.